Plano DOM

A APTSES vêm hoje por à discussão um assunto de extremo interesse e preocupação para todos os Educadores Sociais e trabalhadores da área social!


”Como sabes, sou um Educador Social que foi contratado no âmbito do
Plano DOM, para trabalhar numa instituição que acolhe crianças e jovens, sendo que o
mesmo aconteceu (presumo) a muitos dos nossos sócios. O Plano Dom era para terminar no final de Março de 2010 mas o mesmo foi prolongado mais um ano. Hoje é dia 1 de Março e ainda ninguém se pronunciou acerca da continuidade ou cessação deste Plano, que financia as Instituições (que nos pagam o ordenado). Quero dizer, nem a Segurança Social, nem o governo, nem qualquer tipo de outra entidade ou pessoa.
Posto isto, o que é que vai acontecer: a instituição irá ficar sem os
técnicos que entraram pelo Plano DOM (creio que algumas têm 5 técnicos), porque não
têm dinheiro para manter os profissionais, o trabalho desenvolvido por estes com as famílias e crianças/jovens vai-se diluir e desaparecer e a aproximação afectiva e a vinculação já estabelecida com todas as crianças e jovens vai ser anulada, o que afectará
emocionalmente todos estes, que já se desvincularam de muitas pessoas durante toda a sua curta vida, entre muitas outras coisas que não temos ainda noção que poderão acontecer.
Como deves calcular, esta situação está a ser angustiante para muitos de nós, que temos
compromissos a nível económico e muitos também deverão ter filhos. Este silêncio parece-me uma falta de respeito para com os profissionais destas instituições, para com
as suas famílias e principalmente para com as crianças com quem lidam e "vivem"
diariamente. Posso até concordar que as pessoas competentes têm imenso trabalho para
fazer e até poderão estar à espera de respostas e indicações de superiores mas nós nem
as crianças e jovens têm culpa disto.”

Este foi um testemunho de um Técnico Superior de Educação Social.

Assim, era importante que a APTSES se pronunciasse acerca desta questão, assumindo um papel de força para que, ao menos, alguém de direito, informasse todos estes técnicos acerca do que está a ser feito ou se não estão mesmo a fazer nada, é neste sentido que queremos deixar estes testemunhos hoje, enquanto associação a APTSES lança este assunto a discussão para que seja do conhecimento de todos!

Deixemos mais um, este vindo de uma outra técnica que pertence à direcção de uma IPSS:

”Com a eventualidade do Protocolo do Plano DOM não ser prorrogado para além da data de 31 de Março de 2011 ou perante a ausência de acordos que colmatem as dificuldades financeiras que se vão agudizando, ser-nos-á inviável manter o número de funcionários contratados, aquando da assinatura do Protocolo.
Relativamente aos aspectos positivos possibilitados pelo Protocolo do Plano DOM, beneficiamos principalmente com a introdução de dois Técnicos (Educador Social e Assistente Social) que permitiram a mudança em algumas dinâmicas institucionais, tendo-se criado uma estrutura de trabalho interventivo mais personalizada e próximo de cada criança/jovem, tendo sido introduzido o papel de Gestor de Caso. Este papel permitiu o desenvolvimento de relações de proximidade e de confiança não só com as crianças/jovens mas também com as respectivas famílias, com quem tem vindo a ser desenvolvido um trabalho de acompanhamento e/ou intervenção de forma a possibilitar a celeridade no processo de desinstitucionalização destas crianças/jovens.
Caso o Protocolo não seja prorrogado, todas estas mais-valias estarão comprometidas, sendo necessário obrigatoriamente retrocedermos em algumas práticas e dinâmicas, sendo que todos os progressos no sentido do trabalho mais individualizado, adquiridos durante estes 3 anos, estejam comprometidos, devido à diminuição do número de Técnicos que não irá permitir a execução do acompanhamento/intervenção próximos o qual tem sido o nosso principal objectivo e toda a estrutura ao nível das dinâmicas terá que ser alterada, considerando este um factor de desestabilização para as crianças/jovens acolhidos, uma vez que também foram criando laços afectivos com estes mesmos funcionários.
Neste sentido, parece-nos que a evolução positiva sofrida a nível institucional permitida pela introdução do Plano DOM, e caso este não seja prorrogado, terá sido infrutífera e em vão.”

Conto consigo, e com todos os membros da APTSES para que juntos possamos fazer-nos ouvir sobre este assunto!

Façam-no chegar ao maior número de pessoas possíveis!

Obrigado!

CONVITE Lançamento do Livro - Técnicos Superiores de Educação Social – Necessidade e Pertinência de um Estatuto Profissional”

CONVITE


A Autora e a Fronteira do Caos Editores tem a honra de convidar V. Exa. a estar presente no lançamento do livro: “Técnicos Superiores de Educação Social – Necessidade e Pertinência de um Estatuto Profissional” , que terá lugar no dia 18 de Março (sexta-feira), pelas 21 horas, no pequeno auditório (Sala 201) da Universidade Portucalense.







APTSES, a 16 de Março de 2011

Lançamento do livro Técnicos Superiores de Educação Social- Pertinência de um Estatuto Profissional - 18/02 na UPT

Convite



"Ser Educador Social é questionar práticas e reflectir sobre o seu próprio papel profissional, ser capaz de se aproximar do seu educando e de lhe conferir um destaque legitimo na construção do seu percurso de vida, valorizando as suas capacidades de aprender a ser"

Sílvia Azevedo



Vimos por este meio convidar vossas excelências a celebrar um dos grandes passos da carreira dos Técnicos Superiores de Educação Social, no próximo dia 18 de Março de 2011, pelas 21:00, na Universidade Portucalense, será o lançamento do livro "Técnicos Superiores de Educação Social - Necessidade e Pertinência de um estatuto Profissional".



Contamos com a sua presença!



Coordenadas:



Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 541
4200 072 - Porto



Linhas Metro:
D. Hospital de S. João


Coordenadas GPS:
41º 10´ 49.16" N
8º 36´ 18.17" W


Bem hajam!